05/03/2018 - Tá frio?

Rafael Kenzo nasceu em fevereiro, em pleno verão paulistano. Embora o verão de 2018 não tenha sido um ano de altas temperaturas, não há dias frios, apenas dias menos quentes (e mais confortáveis) e outros dias mais quentes.

Assim, em média, a temperatura ambiente tem sido muito agradável para humanos e humaninhos. Não há porque se preocupar com frio, certo? Eu mesmo poderia ter passado o verão inteiro de camiseta regata se as convenções sociais permitissem, mas infelizmente parece que a regata não é considerada uma roupa social adequada para escritórios (ao menos para homens).

Os bebês também passam frio e calor. Como a sua circulação periférica não é tão bem desenvolvida como a de crianças maiores, os pés e mãos sempre estão meio geladinhos (ou fresquinhos neste verão). Isso faz com que pitaqueiros e pitaqueiras em geral sempre venham dizer que o bebê deveria estar mais agasalhado, mesmo que esteja com fralda, body, calça, blusinha e cuieiro num calor de 30º!!!

Precisa de tudo isso mesmo? Lógico que o recém-nascido estava acostumado a uma temperatura constante de 37º dentro do útero da mãe, mas também é lógico que, depois de sair lá de dentro, ele não vai passar frio extremo numa temperatura ambiente de 30, 28 ou 25º! Se fosse assim, como é que bebês esquimós conseguem sobreviver? Calefação em iglu? Casaquinho de pele de foca? Ah, qualé, quem já enfrentou frio ambiente abaixo de -10º sabe que chega um momento em que roupa nenhuma te esquenta do ar frio que entra pelas narinas!!

O corpo humano tem suas manhas. As extremidades só precisam estar protegidas, não precisam ser aquecidas e nem apertadas. Mesmo em bebês, o corpo é capaz de gerar e manter a temperatura ideal para funcionamento, as roupas apenas ajudam mas não podem abafar a pele e gerar calor excessivo. Se o bebê sente frio, ele também sente calor, né? 

Então, nada de oito camadas de roupa. Se a temperatura tá boa pra gente, tá bom pra ele.


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