02/03/2018 - Under pressure

Existe uma coisa que nenhum ser humano adulto jamais explicou sobre os bebês recém-nascidos, que é o fato de eles se comportarem como uma garrafa de refrigerantes. Não, não estamos falando dos Engenheiros do Hawaii e aquela clássica frase "a juventude é uma banda numa propaganda de refrigerantessss". Estamos falando que a própria juventude recém-nascida é uma garrafa de refrigerante.

Explico: todo mundo sabe que, depois da mamada, você tem que dar tapinhas no bebê para ele arrotar. Ou seja, agita o bebê para soltar gás. Bem refrigerante, né?

O que nunca ninguém falou é que o bebê também atua sob pressão em outras... frontes, vamos dizer assim. Mais especificamente cagar.

Sim, bebês não cagam de forma plácida, com o cocôzinho saindo aos poucos, de forma lenta e gradual como a gente vê ocorrer com cachorros, por exemplo. A coisa é bem mais explosiva. Muitas vezes estão os pais ali com o bebê, calmamente ninando-os quando, de repente só se escuta a explosão nuclear: PFFFFFFNNNNRLRLRLRLRGHHHHH!! 

Lógico que a fralda faz um excelente trabalho de contenção de resíduos e pressão. Os pais mal sabem a resistência de uma fralda para suportar tamanha pressão. Ou melhor, descobrem isso quando o bebê resolve fazer cocô sem fralda, em algum procedimento de limpeza ou troca do moleque.

Aconteceu com o Rafael Kenzo, pessoal. Aconteceu! Enquanto a mãe tirava a fralda para conferir se tudo estava bem, ele resolveu fazer uma graça e cagar. E aí é que se percebe que a cagada do recém-nascido não é uma singela cagada, mas uma eliminação de resíduos em alta pressão. Em outras palavras, não é que a bosta simplesmente sai e cai pela força da gravidade. A bosta do recém-nascido, que não é totalmente sólida (na verdade é uma pasta meio liquefeita) sai como se fosse um aerosol com partículas grandes sendo espalhadas para todos os lados.

AAAGHHH! Em desespero, a mãe chama o pai. O pai limpa tudo aquilo que, felizmente, foi produzido em pequeno volume. Quando tudo está mais ou menos limpo... PFFFFFFNNNNRLRLRLRLRGHHHHH!! 

A primeira foi Hiroshima. A segunda, mais potente, foi Nagasaki. Se tivesse uma rolha, enfiava ali na hora. Mas não tinha... e a explosão de maior impacto obviamente causou maiores danos. Berço, cômoda, trocador, roupas, chão, pais, tudo foi atingido. Por uma sorte muito grande, a Polly, que estava rondando, se safou incólume. Talvez tenha sido o sexto sentido canino, mas momentos antes da segunda explosão ela saiu do quarto e não foi impactada.

Após uma nova limpeza, Rafael Kenzo resolve dar cores finais ao evento. Talvez achando que poderia contribuir na limpeza, ele mija, possivelmente acreditando que é um liquído autolimpante. E lá vão os pais para a terceira limpeza geral do dia...

Quando os pais ouviram dizer que sofrem muita pressão com os cuidados de um recém-nascido, nunca pensaram que essa pressão era literal...


Nenhum comentário:

Postar um comentário